quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acalanto Noturno

Ainda que eu não consiga dormir
e que a aurora chegue e me faça ruir.
Que um tempo da vida seja cair e levantar,
vivendo sob um enfado de salário
sem falar ou reclamar, um reles operário.
E ainda que nossos sonhos esperem um pouco mais
atrasos, problemas, desagrados e coisas das quais
não gosto de lembrar, venham a noite me incomodar
e assombrar minha memória,
estou ciente de que minha glória é ser chamado teu.

No campo estão as arvores nos dando sua sombra
e os meninos nos pátios das escolas ainda cantam cantigas em rodas,
primitivas trovas.
As meninas morrem de paixão por seus príncipes oníricos,
e algo bom ainda perdura,
nessa notavel ditadura.

E de tempo em tempo, o desgosto é enredo
a pressão é atenuante, desconcertante sistema monstro.
Mas a atmosfera ainda tem ar puro, e maior que o teu medo do escuro
é o amor que exala de meu peito, que só faz sentido por você.

A vida de fato, nem sempre é bela
Mas como num quadro de tela, pintemos uma boa paisagem,
possuímos boas viagens e podemos esquecer um pouco as desvantagens
e desgastantes pontos de vista.
O sol brilhando e a grama é a nossa visão,
e nessa brisa de verão, escutarei canções que me remetam a ti.

Se achegue Senhora, pois tudo é difícil
fique aqui e me faça companhia,
e prometo que de manhãzinha vou te trazer torradas...
ou prefere panquecas?

Ana Carolina, eu te amo.

Um comentário:

  1. A vida de fato, nem sempre é bela
    Mas como num quadro de tela, pintemos uma boa paisagem,
    possuímos boas viagens e podemos esquecer um pouco as desvantagens
    e desgastantes pontos de vista.
    O sol brilhando e a grama é a nossa visão,
    e nessa brisa de verão, escutarei canções que me remetam a ti.

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